Arcebispo de Nampula Exige Devolução de Instalações Religiosas Nacionalizadas

 Na última quinta-feira (10), o Arcebispo metropolitano de Nampula e presidente da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), Dom Inácio Saure, fez um apelo público ao Estado moçambicano, exigindo a devolução urgente das instalações religiosas que foram nacionalizadas. Durante sua intervenção, o bispo católico destacou a importância histórica dessa questão, ressaltando que a nacionalização fragilizou a Igreja, que atualmente enfrenta dificuldades em manter suas atividades e promover suas missões.

Dom Inácio Saure enfatizou que as infraestruturas religiosas são essenciais para a continuidade do trabalho da Igreja, que desempenha um papel fundamental na promoção de valores sociais e espirituais na comunidade. Ele argumentou que a devolução dessas instalações não apenas restauraria a dignidade da Igreja, mas também permitiria que ela continuasse a contribuir para o bem-estar da sociedade moçambicana.

Dom Inácio Saure sublinhou que o pedido da devolução das infraestruturas da igreja, sobretudo o edifício onde funciona a UniRovuma já tem barbas brancas, até o governo cessante deixou sem conseguir mediar.

 "E este propósito já falei com Manuel Rodrigues, enquanto governador da província de Nampula, mas houve muitas intervenções lá, mas sabia-se perfeitamente que era propriedade da igreja, centro de saúde de Anchilo, também a igreja estava bem presente ali, mas neste momento a última pessoa que estava lá como da igreja é a irmã Maria Pedrone que agora está no hospital de Marrere que, também, é da igreja, portanto a intervenção da igreja na promoção humana faz parte mesmo da sua missão, não é uma novidade. Não se pode evangelizar o homem e negligenciar o seu aspecto humano," disse aquele responsável.

A questão da nacionalização das propriedades religiosas em Moçambique remonta a um período histórico conturbado, e a demanda por devolução reflete um desejo crescente de restaurar a autonomia e a capacidade de ação das instituições religiosas no país. A expectativa é que o governo responda a esse apelo de forma construtiva, promovendo um diálogo que leve a um entendimento mútuo e ao fortalecimento da colaboração entre o Estado e a Igreja